segunda-feira, 26 de março de 2012

Amor e liberdade


"A meditação é possível mesmo que você esteja só.
Na verdade, só é possível quando você está só, em sua solitude,
em sua total pureza... sem nenhuma multidão de pensamentos
ou emoções ou sentimentos, apenas uma chama de estar consciente.

Meditação é a descoberta do seu próprio ser. Mas uma vez que você tenha descoberto o tesouro, surge em você uma tremenda necessidade de compartilhar. Esse compartilhar é amor.

Meditação é como o sol e o amor é como a radiação estendendo-se, tocando as flores distantes para que elas se abram, para que os pássaros cantem, para que o mundo todo se torne vivo, novo, rejuvenescido. Exatamente o que o sol está fazendo para todo o sistema solar, a meditação faz para todo o mundo humano: ela irradia amor. E se a meditação não irradiar amor, então a pessoa está em alguma falácia. O que ela está pensando ser meditação não é meditação. Pode ser concentração, pode ser contemplação, mas não é meditação. (...)

A meditação é quando a mente não está funcionando de modo algum, quando a mente está absolutamente silenciosa e quieta, como se ausente. Nessa ausência de mente o seu ser autêntico emerge. A sua máscara desaparece e a sua face original é encontrada pela primeira vez.

Pela primeira vez você sabe quem você é.
E essa experiência de si mesmo é a experiência da divindade da pessoa. Dessa divindade irradia o amor. Ele não é endereçado a ninguém em particular; ele simplesmente irradia a amigos e inimigos, a conhecidos e estranhos; ele não faz nenhuma discriminação.

Quando o sol surge, ele não surge só para as rosas e não para as margaridas. Ele não surge só para as pessoas ricas e não para as pessoas pobres. Ele não surge só para os fortes e não para os fracos. Ele surge sem direção. Ele irradia em todas as direções. Quem quer que tenha olhos será capaz de vê-lo. Ter olhos simplesmente significa quem quer que esteja receptivo, quem quer que seja sensível será capaz de vê-lo.

O sol só não surge para o cego. Só um homem cego pode cruzar com um homem de meditação sem sentir o seu amor. Eu quero dizer espiritualmente cego, aquele que não tem idéia nenhuma de quem está dentro do seu ser; que conhece a si mesmo de acordo com os outros, com o que eles dizem. Seu conhecimento de si mesmo não é nada mais do que uma coleção de opiniões de outras pessoas. Ele não se conhece diretamente, imediatamente; e por não conhecer a si mesmo ele permancee fechado. (...)

A vida nos trouxe a tal ponto em que não há muitas estradas: apenas duas estradas, duas possibilidades, simples escolha. Ou a humanidade escolhe cometer suicídio ou a humanidade esolhe meditar, ser silenciosa, estar em paz, ser humana, ser amorosa.


Um homem de meditação como Gautama Buda despeja seu amor - ele é uma nuvem de chuva, o melhor é chamá-lo de nuvem de amor, que despeja seu amor sobre todos aqueles que estão sedentos, sobre todos aqueles que estão conscientes de que o amor está sendo despejado.

Mas a maioria das pessoas é tão tola, elas imediatamente abrem seus guarda-chuvas. Elas se protegem de Gautama Budas, se protegem de Sócrates. Pessoas estranhas. Alguma coisa está basicamente errada, e isso é, elas não conhecem a si mesmas, não conhecem sua sede e não sabem que nutrição precisam."

Osho
Relacionamento, Amor e Liberdade.

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