domingo, 20 de dezembro de 2009

Fama

Na mitologia romana é a divindade poética, mensageira de Júpiter. Andava tanto à noite quanto durante o dia – e sem conseguir calar-se. Colocava-se sobre os lugares mais altos para levar ao público todo tipo de novidades, as falsas e as verdadeiras. Fama era representada pela figura de um monstro com asas, muito agitado e de feições horríveis, com muitos olhos e diversas orelhas.

Outra interpretação:

Divindade alegórica cujo nome significa "voz pública". Filha da Terra. É representada com numerosas bocas e ouvidos. Em suas longas asas se esconde um número enorme de olhos. Voa rapidamente, para levar a todos os lugares tanto a mentira quanto a verdade.

Mora num palácio de bronze sonoro, no meio do mundo, nas fronteiras da terra, do mar e do céu. Lá, seus ouvidos atentos escutam todas as vozes, por mais baixas que sejam. As portas, constantemente abertas, devolvem ampliados todos os sons. Nos pórticos dessa morada, perambula uma multidão e espalham-se os boatos tão rapidamente, quanto as notícias verdadeiras.

Rodeada da Credulidade, do Erro, da Falsa Alegria, do Terror, da Sedição e dos Falsos Rumores, Fama vigia o mundo inteiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Marta!

Acho difícil que já não tenha lido isso, mas a forma fácil, didática, fluente com que colocas, com que desenhas semelhante figura (talvez a mais influente do nosso mundo contemporâneo; talvez - infelizmente - de todas as épocas), olha, é impressionante mesmo! Cheguei a me arrepiar com a tua descrição de Fama. E temê-la ainda mais, eu que muitas vezes a desejo. E cheguei a dar graças a Deus por ainda não ser famoso. Como moram perigos nos lugares onde também residem aparentes tesouros...

Beijos.

Túlio Maestri Borba (Gramado, Rio Grande do Sul!)