domingo, 8 de novembro de 2009

Fauna

Mito
Segundo algumas variantes do mito de Fauno, Fauna teria sido ou sua irmã, esposa e até filha. Neste último papel, teria sido violentada pelo próprio pai que, transmutado numa serpente, consumara o ato. Na variante em que surge como esposa de Fauno, era uma senhora de hábitos comedidos que, mesmo assim, veio a se embriagrado e se deixado seduzir por um pichel de vinho, fora assassinada pelo esposo com açoitadas.
Sua origem e significados são obscuros. Nos primórdios era chamada somente de "a deusa amável", epíteto que derivara da crença de que sua bondade se estendia a toda a natureza.

Descendentes
Seus descendentes com Fauno eram os faunos.
Também chamados de fátuos, os faunos eram pequenas entidades proféticas dos campos, por vezes vistos como gênios ou causadores de pesadelos.

Representação
Na versão de Fauna/Fátua, muitas vezes era representada como Juno ou como Cibele, mas era comum tê-la na forma de anciã, com orelhas ponteagudas e tendo uma serpente em suas mãos

Culto
A primeira noite de Maio era a data do festival dedicado a Fauna. As comemorações, às quais apenas mulheres e moças podiam comparecer, eram regadas a vinho, música, atividades lúdicas e cerimônias secretas. Assim como Fauno, a deusa possuía dons oraculares, diferindo daquele pois suas profecias eram feitas apenas ao gênero feminino.

Associação com outras divindades
Sobre a confusão de Fauna a outras divindades, Alexander Murray tece várias considerações: era associada com a deusa Ops, com Cibele, Sêmele (a mãe de Dionísio), com Maya (mãe de Hermes), com Gea e outras. Para o autor, isso decorria de sua percepção como "deusa amável", a incutir a identificação com outras deusas. Também segundo Murray seu nome e significados obscuros teriam engendrado os seres fantásticos que, em tempos modernos, passaram a ser chamados de duendes.

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